Elena Koupaliantz |
Começar o poema
como quem atravessa areia
escaldante
do deserto
Começar o poema
como quem espera chuva miudinha
no quente meio-dia de Maio
Começar o poema
como quem sente a liberdade dos pássaros
cruzando a imensidão do céu
Começar o poema
como barco sulcando as marés vivas
do oceano
Entre o começar e o finalizar
há um imutável sopro
de vida.
3 comentários:
Poesia. Gostei da simplicidade que nos leva a meditar.
BJ
E fazer do poema o nosso lugar de liberdade...
Gostei, minha Amiga.
Um beijo.
Há sempre esse sopro
que fecunda a vela de onde nasce,
solitária, toda a poesia...
Beijos,
AL
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